quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dez coisas que todo motorista deveria saber sobre motos



A Motorcycle Safety Foundation, fundação norte-americana para a segurança das motocicletas, existe desde 1973 com o objetivo de tornar as ruas e estradas dos Estados Unidos mais seguras para as motocicletas. Mantida pelos principais fabricantes do setor de duas rodas, a fundação, conhecida pela sigla MSF, oferece cursos para motociclistas e instrutores de moto escolas, além de promover campanhas para o público em geral. Como o mês de maio antecede o verão no hemisfério norte, quando os motociclistas tiram suas motocicletas da garagem, a MSF o elegeu “o mês de cuidado com as motos”.
Porém, diferentemente de nossos governantes que preferem proibir a educar, a fundação elaborou um guia para alertar os motoristas de que as motos estariam de volta às estradas. “É fato que os motoristas de carro e outros veículos são os culpados da maioria dos acidentes que envolvem motocicletas e outros automóveis”, afirmou Tim Buche, presidente da Motorcycle Safety Foundantion. “Justamente por isso decidimos criar essa campanha mirando os motoristas. Temos informações que podem salvar sua vida esteja você atrás de um guidão ou de um volante”, completou Buche.
Leia e pense a respeito:
1 – Dados indicam que mais da metade dos acidentes fatais com motos envolvem outro veículo. Na maioria das vezes, o motorista e não o motociclista está errado. Há infinitamente mais carros, picapes e caminhões do que motocicletas nas ruas. Alguns motoristas simplesmente não reconhecem a motocicleta – eles a ignoram (geralmente, sem querer)
2 – Devido a sua menor dimensão a motocicleta pode facilmente ficar escondida nos “pontos cegos” dos carros, como a coluna da porta e do teto. Ou pode ainda ser confundida com objetos ou ficar disfarçada em fundos como árvores, cercas etc. Portanto, preste bastante atenção e olhe duas vezes antes de trocar de faixa ou entrar em um cruzamento.
3 – Uma motocicleta pode parecer que está mais longe do que realmente está. Também pode ser difícil determinar a velocidade de uma moto. Quando for virar ou entrar em uma pista, considere que a moto está mais perto do que parece.
4 – Muitas vezes os motociclistas diminuem a velocidade simplesmente reduzindo as marchas ou tirando a mão do acelerador, portanto não acionam o freio e a luz de freio não se acende. Mantenha distância segura da moto a sua frente. Em cruzamentos, considere que motociclistas podem reduzir a velocidade a fim de evitar acidentes.
5 – Motociclistas frequentemente ocupam uma posição na faixa de rolagem para serem vistos mais facilmente ou para evitar sujeira da pista. Entenda que os motociclistas ocupam espaço na faixa com um propósito, não para serem folgados ou para se exibirem. Se a moto estiver no canto não divida a faixa de rolagem.
6 – Luzes indicadoras de direção, as setas, não se desligam automaticamente nas motos, portanto alguns pilotos (principalmente iniciantes) algumas vezes se esquecem de desligar as setas depois de uma curva ou de uma mudança de faixa. Antes de se antecipar, tenha certeza que a seta da moto indica a direção que ela vai seguir.
7 – Maneabilidade é uma das melhores características das motos, principalmente em baixa velocidade e em vias bem pavimentadas, mas não espere que a moto seja sempre capaz de desviar do seu caminho ou sair da sua frente.
8 – A distância de frenagem de uma moto é praticamente a mesma de um carro, porém pisos escorregadios tornam a frenagem complicada em motos. Mantenha distância segura atrás de uma moto porque nem sempre o motociclista pode parar de uma vez.
9 – Quando uma moto está em movimento, veja além da motocicleta – veja a pessoa que está por baixo do capacete, pois pode ser seu amigo, seu vizinho ou até um parente seu.
10 – Se um carro colide em uma moto, bicicleta ou pedestre pode causar sérios danos e até a morte. O motorista que causou o acidente provavelmente nunca se perdoará por isso.
Fonte: Instituição americana Motorcycle Safety Foundation.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Excelentes dicas para rodar de moto com segurança e conforto



Pense que ninguém te vê 
Porque para a maioria dos motoristas, você é invisível, mesmo! Nunca faça um movimento imaginando que o outro motorista está vendo você, mesmo que você tenha acabado de ver seus olhos. Motos muitas vezes não fazem parte das cabeças de quatro rodas.



Seja paciente 
As conseqüências de encarar um erro ou uma disputa no trânsito começam mal e sempre acabam PIOR. Finja que foi a sua mãe que fez aquela barbeiragem e perdoe a falha.

Ponha roupas para encarar um acidente
Com certeza, a padaria do bairro é uma viagem de 5 minutos, mas ninguém está planejando comer asfalto, está? 

Pare totalmente em cada placa de “PARE”
Isso, ponha seu pé no chão. Olhe de novo. Qualquer outra maneira de fazer isso pode forçar uma decisão imediata, sob pressão e sem tempo para identificar uma situação de risco. 

Espere o melhor, mas esteja preparado para o pior 
Esteja pronto para uma fechada, para uma surpresa que nunca deve ser inesperada. Não existe “apareceu de repente”, “veio do nada” ou “eu achei que ele ia… “.

Deixe seu ego em casa
As únicas pessoas realmente interessadas em saber se você estava mais rápido que o outro na avenida são o policial e o Detran. 
 

Preste atenção no que está fazendo
Tem um ônibus na sua frente parando de repente para um tiozinho que fez sinal em cima da hora. Se ligue!

Espelhos retrovisores mostram só uma parte do ambiente
Nunca mude de direção ou de faixa sem olhar para trás para confirmar que você realmente pode virar ou mudar de faixa.

Seja paciente II
Espere mais um ou dois segundos antes de entrar na pista, começar a andar ou sair para ultrapassar. Você é pego pelo que NÃO VIU! Aquela olhadinha a mais vai salvar sua pele.

Preste atenção na diferença de velocidade
Passar por carros ao dobro de sua velocidade ou mudar de pista para passar por um monte de carros parados é somente um jeito mais rápido de conhecer São Pedro.

Cuidado com a calçada
Um monte de surpresas acaba chegando das calçadas: sacos com objetos dentro, pregos, água, lama, limo, tijolos, etc. Não rode junto à calçada, você está no tráfego.

Carros entrando à esquerda
Esses são os maiores matadores de motociclistas. Nunca imagine que o motorista vai esperar passarem todos os motociclistas antes de se enfiar à esquerda.

Carros passando no vermelho
Os primeiros segundos após o sinal mudar são os mais perigosos. Olhe SEMPRE para os dois lados antes de cruzar o semáforo depois de aberto.

Olhe os retrovisores
Olhe os espelhos retrovisores sempre que mudar de faixa, diminuir a velocidade ou parar. Esteja pronto para se mover se o outro veículo for ocupar o espaço onde você está.

Deixe espaço na frente
No Brasil se anda sempre MUITO colado. A regra geral que se usa pelo mundo é de 3 segundos de distância do veículo da frente. Melhor ainda se você observar tudo que aparecer na sua frente para os próximos 12 segundos (no horizonte). Todos os seus problemas estão aí dentro desses espaços.

Cuidado com os carros equipados
Eles são “rápidos” e seus motoristas são agressivos. Não imagine que você passou por ele e que está tudo resolvido, ele está logo aí atrás.

Entrar em curvas em alta velocidade machuca
É a maior causa de acidentes com motociclistas sozinhos e em estradas sinuosas e pistas de corrida. “Entre devagar, saia rápido” é há muitos anos a regra dos campeões das pistas.

Não acredite na eficiência da polícia florestal
Se na área onde você está podem aparecer animais, não vá pensar que a polícia rodoviária ou florestal vai conseguir tirar cada um deles da sua frente. Vá devagar, olhe para as margens da Estrada e fique vivo.

Use os 2 freios corretamente
Nunca é tarde para você começar a usar os dois freios. O dianteiro faz a maior parte da parada, mas um pouco de traseiro na entrada das curvas pode acalmar uma moto nervosa.

Mantenha SEMPRE um ou 2 dedos sobre o freio dianteiro
Economize um segundo no tempo de reação a 85 km/h e você pode parar 30 metros antes (e talvez até conseguir escapar do impacto). 

Olhe para sua trajetória
Use o milagre da fixação de objetivo em seu próprio benefício. As pesquisas mostram que a moto vai para onde você olha, então olhe para a solução no lugar de olhar para o problema.

Mantenha seus olhos em movimento
O tráfego está sempre mudando. Portanto, continue sempre procurando por problemas. Não trave seus olhos em um só ponto por muito tempo.

Pense antes de agir
Avalie com cuidado a situação quando pensar em ultrapassar rapidinho aquele veículo que está a 15 km/h numa área com limite de 60 km/h.

Não olhe para o chão
Levante sua cabeça, é sempre tarde para fazer qualquer coisa quando o problema está a 10 metros. Olhe lá longe e mude a direção.

Preste atenção em seu caminho
A maioria dos acidentes acontecem durante os primeiros 15 minutos de seu trajeto, abaixo de 60 km/h, em um cruzamento ou via secundária. É, exatamente, ali por onde você passa toda hora.

Nunca entre às cegas num corredor de trânsito parado
Os carros devem estar parados por alguma boa razão, e você pode não vê-la até que seja tarde demais para fazer alguma coisa. Não ande a mais de 30 km/h acima da velocidade dos outros veículos.

Portas de carros que se abrem no tráfego
Você deve estar atento as portas que se abrem e aos carros que desviam delas também, pulando para sua faixa. 

Vício de cruzamentos iguais
Procure placas de “PARE” mesmo depois de uma longa série de esquinas em preferência para você. 

Tenha espaço para se movimentar 
Pilotar dentro de um amontoado grupo de motos é um bom jeito de acabar no meio do mato. Qualquer grupo de motos que valha a pena acompanhar terá um ponto de encontro marcado à frente para reencontrar os “desgarrados”. 

De tempo para seus olhos se acostumarem
Ao sair de lugares muito iluminados, vá devagar e com farol baixo até seus olhos se acostumem com a escuridão. Fechar um dos olhos até também ajuda. 
 

Domine a meia-volta
Pratique este retorno apertado até ficar bom. Ponha suas nádegas na beirada do banco no lado contrário à curva e deite a moto para dentro da curva, usando seu corpo como contrapeso enquanto gira em cima da roda traseira. É uma excelente manobra para não bater no carro da frente ou para escapar daquele bueiro sem tampa.

Parando no meio de uma subida
Use o freio traseiro para manter a moto no lugar enquanto usa o acelerador e embreagem com atenção para sair sem problemas.

Se parece escorregadio, então é mesmo
Um trecho de chão suspeito pode ser só mais uma mancha. Óleo? Cascalho? Diesel que caiu de um caminhão? Pode não ser nada, mas é melhor diminuir ANTES de pisar num sabãozão. Se não era nada, melhor.

Estouro de pneu, e agora?
Sem movimentos bruscos, se prepare para usar um pouco de músculos para manter a trajetória. Alivie o acelerador e use o freio bem leve na roda boa (traseira ou dianteira) e vá procurando a melhor direção para sair da pista.

Pingos na viseira
Começou a chover. O asfalto apenas umedecido é muito mais escorregadio que depois de uma forte chuva tropical, e você nunca sabe o quanto ele está liso. Use máxima concentração, cuidado e suavidade nos controles.
 

Emocionado
Observe a você mesmo quando for sair. Se você está nervoso, triste, exausto ou ansioso, sente e conte até 100.

Vista roupas adequadas
Ponha roupas que sirvam bem em você e ao clima. Se você está com muito frio ou com muito calor ou brigando com uma jaqueta onde cabem dois de você, você já está com problemas.

Deixe seu iPod em casa (ao menos quando estiver rodando na cidade)
Você não vai ouvir o caminhão a tempo se estiver ouvindo música.

Na chuva
Pilotar na chuva é uma “arte” que se adquire com tempo, rodando nela. Se aperfeiçoa quando nos concentramos no perigo que representa. No início da chuva o piso fica mais escorregadio do que quando cai um forte temporal e teoricamente “lava” o asfalto. Sempre devemos reduzir a velocidade e nem por um segundo desviar a atenção da rota, procurando sempre desviar locais que possam oferecer maior perigo por estarem alagados ou com volume grande de água escorrendo.

Aprenda a fazer desvios de emergência
Esteja pronto para fazer dois desvios de emergência em seguida. Desvie de um obstáculo pela esquerda e logo em seguida de volta à sua trajetória original à direita, e vice-versa. A moto vai seguir seus olhos, portanto olhe para o caminho e não para os obstáculos. Pratique isso até que seja um reflexo normal, sem pensar.

Seja suave em baixa velocidade
De nada adianta sua enorme agilidade se você estiver devagar. Tire as forças dos movimentos com um trabalho leve nos freios traseiros. Isso minimiza muito indesejáveis transferências de peso e inércia, e facilita alinhar e posicionar a moto exatamente onde e como desejamos.

Piscar luz de freio
As setas dos outros veículos te chamam a atenção porque piscam. Pisadinhas leves no pedal 
ou toques rápidos no manete do freio dianteiro antes de realmente frear sua moto vai alertar o tráfego atrás.

Cruzamentos são todos perigosos
TODOS os cruzamentos são perigosos. Nos bairros tranqüilos mais ainda. Mesmo na preferencial sempre diminua e imagine que outro veículo que não conhece a região pode cruzar a sua frente. Diminua, assim, pela metade a chance de acidentes.

Ajuste sua visão periférica
Olhe para um ponto bem à sua frente. Agora procure ver as coisas ao seu lado movendo apenas sua atenção, sem mover os olhos. Quanto mais você conseguir ver sem virar os olhos ou a cabeça, mais cedo vai reagir aos problemas.

A noite
Ajuste e limpe seus faróis e viseiras transparentes e tenha uma visão melhor do que uma simples idéia do que está ali na frente. Ao anoitecer, troque viseiras escuras pelas transparentes. Em estradas de mão dupla procure manter-se afastado da divisória das faixas.

Não trafegue perto ou ao lado de caminhões
Se um daqueles pneus estourar, o que acontece com bastante freqüência, ele vai se transformar em vários projéteis de borracha e aço.

Paradas de emergência
Desenvolva uma intimidade muito grande com seu freio dianteiro. Procure um lugar deserto e seguro em asfalto liso e limpo. Faça dezenas de frenagens começando bem suavemente e freando cada vez mais forte até descobrir aquela força na mão ideal entre a frenagem máxima e a roda travada (frenagem máxima = pneus CANTAM ligeiramente, mas a roda NÃO TRAVA). Repita isso com cuidado MUITAS vezes até ficar muito prático. 

Pneus adequados
Nada do que você leu até aqui vai servir a não ser que você tenha os pneus adequados. Não os subestime. Tenha certeza que eles estão bem calibrados o todo tempo. Procure cortes, pregos e outras porcarias que tenham se prendido a eles. Procure sinais de ressecamento e desgaste. Troque logo que puder, os pneus são a essência da dirigibilidade. E não use pneus de marcas diferentes ou novo com usado na dianteira e na traseira, isso muda completamente a estabilidade da moto. 

Respire fundo conte até 10 ou até 100
Desculpe e peça desculpas, dê passagem e vá com cuidado, apreciando o passeio. Deixar de andar a 150 km/h e demorar para chegar é muito melhor que arruinar sua vida e ir para uma cadeira de rodas ou um caixão.




Fonte: Textos compilados e enviados pelo motociclista integrante do Conselho Consultivo do Rock Riders, José Otávio Macedo de Araújo (Gugu)







segunda-feira, 2 de agosto de 2010

VIAGEM EM GRUPO NA ESTRADA

1. Considerações preliminares

2. O Grupo

3. O Ponteiro

4. O Ferrolho

5. Miolo/Meio

6. Manobras básicas Ultrapassagens
Retorno à faixa da direita
Ultrapassagens em estradas de mão dupla

7. Reunião de preparação (“briefing”)

8. Sinais(MUITO IMPORTANTE)

9. Outras dicas diversas


1. Considerações preliminares
Andar em grupo não é muito fácil. Por isso desenvolvemos alguns códigos e posturas para facilitar as viagens.
A seguir vamos descrever os sinais, códigos e atitudes que deverão ser tomadas por todos para facilitar a comunicação na estrada e bom andamento e segurança do grupo.
O mais importante de tudo é cada um cuidar de quem está atrás. O uso do espelho retrovisor é fundamental SEMPRE.
Fazendo isso você verá os sinais de pisca, e controlará a distância do motociclista que vem atrás. Se a moto de trás ficar com muita distância, convém você também reduzir para que o da frente faça o mesmo e o grupo permaneça unido.
É evidente que se for um caso isolado de “roda-presa” este deverá acompanhar a velocidade média do grupo, e não vice-versa. Salientamos que “roda-presa” não é moto que não desenvolve e sim o motociclista.
Tenha sempre em mente que o companheiro que vem atrás nunca sabe quando você vai frear até ver sua luz de freio acender, portanto facilite, sempre dê uma ou duas "beliscadas" no freio antes de frear propriamente, isso poderá evitar um acidente!

2. O Grupo
Na estrada, as motos devem ocupar uma faixa da pista, alinhadas em duas filas indianas, paralelas e intercaladas, evitando-se o emparelhamento de motos. Cada motociclista deve sempre cuidar para estar em posição diagonal em relação ao imediatamente à sua frente – não deve tentar ‘corrigir’ os erros dos outros. Se por qualquer razão a moto à sua frente mudar de lado, fazer o mesmo (sinalizando com o pisca-pisca) de modo a assegurar a formação alternada.
Um grupo NUNCA deve ser composto por mais que dez motos – é preferível montar dois grupos com cinco e seis motos ao invés de um com onze: um grupo com dez motos tem mais que cinqüenta metros de comprimento e quando se chega a esse tamanho:
•Fica difícil para o ferrolho ver o ponteiro e vice-versa.
•Fica muito difícil encontrar espaço para que o grupo todo faça ultrapassagens em bloco;
• Queremos manter o grupo unido e evitar que carros entrem no meio, mas não é razoável exigir que os motoristas se mantenham pacientemente ao longo de ‘paredes’ de oitenta metros ou mais de comprimento.
Em caso de quebra de um grupo em mais de um grupo o mais rápido deve seguir primeiro – não adianta soltar o mais lento primeiro para que ele seja alcançado a meio caminho.
Cada motociclista deve assegurar que o da frente pode vê-lo pelo retrovisor – basta assegurar que você consegue ver o capacete do piloto no espelho da moto à frente. Atenção: estamos falando da moto que está diagonalmente à sua frente e não aquela diretamente em frente.
Se a velocidade aumenta (mais de 100-110 km/h), essa distância deve ser ampliada para proporcionar maior espaço de frenagem.
Em todo grupo temos o PONTEIRO, o FERROLHO e o MIOLO/MEIO:
Ponteiro – Vai à frente do grupo;
Ferrolho – Vai atrás do grupo;
Miolo/Meio – Todos que estão entre o ponteiro e o ferrolho.
O ponteiro e o ferrolho devem ser os motociclistas mais experientes do grupo. Além disso, a moto do ferrolho deve ter bom desempenho, para que ele possa ultrapassar o grupo e atingir rapidamente o ponteiro em caso de problemas.
O motociclista menos experiente e/ou a menor moto devem seguir diretamente atrás do ponteiro, e estabelecem os limites de grupo em termos de número de paradas e velocidade de cruzeiro.
O ponteiro deve ficar SEMPRE do lado esquerdo da faixa, para facilitar sua visão do grupo e das condições de tráfego da estrada.
Em rodovias de três ou mais pistas, ocupar a segunda pista da direita para a esquerda: normalmente a pista da direita apresenta mais buracos e óleo causados pelos caminhões.
Em rodovias com duas pistas, manter-se na pista da direita, apesar dos problemas acima mencionados, neste caso é a pista mais segura.






3. O Ponteiro (Capitão ou Cabeça do Grupo)
•Define os caminhos e velocidade do grupo. Deve conhecer o percurso a ser seguido ou ter estudado cuidadosamente o mapa para poder orientar o grupo.
•Dosa a velocidade geral e mantém o agrupamento.
•Sinaliza com antecedência antes de mudar de pista para ultrapassagem, calculando a distância do veículo e o tamanho do grupo para que não haja redução de velocidade cruzeiro e muito menos ‘quebra’ da formação.
•Sinaliza com antecedência também antes de entrar em vias para evitar que alguém perca a entrada.
•Vai para a faixa da direita para dar ultrapassagem a veículos mais rápidos apenas quando tiver espaço suficiente para o grupo todo entrar, e analisa se é cabível mudar de faixa naquele momento, ou aguardar para que a pista da direita esteja mais livre para não ter diminuição de velocidade.
• Nesse caso, quando todos estão com seta para a direita, o ponteiro contesta mantendo seta para esquerda indicando que ainda não é o momento de dar passagem.

4. O Ferrolho
•O ferrolho é tão ou mais importante que o ponteiro para a boa condução do grupo na estrada, principalmente grupos grandes.
•Segura os veículos que porventura quiserem ultrapassar o grupo, e deve sinalizar com o pisca para direita. Após todo o grupo ter mudado de faixa, o ferrolho também muda, liberando o veículo. Se perceber que ninguém está dando a seta, fazer sinal com o farol alto para que percebam.
• Do mesmo jeito, assim que o ponteiro der seta para esquerda, o ferrolho deve entrar à esquerda para segurar os veículos, e sinalizar para o resto do grupo a pista livre.
• Ao perceber algum problema com o grupo, deve acelerar até o ponteiro e comunicar. Esse comportamento só deve ser adotado em caso de problemas que não obriguem a parada ou redução de velocidade do grupo – nesses casos é melhor que o grupo reduza ou pare e que o ponteiro controle esse comportamento pelo retrovisor.

5. Miolo/Meio
Deverão indicar as sinalizações de pisca, situação de estrada e sinais gerais (entrar a esquerda / direita com o braço, formação única, etc.) além de não permitir, até onde sua segurança e a do grupo não sejam comprometidas, que outro veículo entre no meio da formação.
Particularmente importante é a reprodução dos sinais de pisca-pisca, principalmente do ferrolho, para que o ponteiro fique sabendo o que o ferrolho sinalizou.

6. Manobras básicas
Alguns grupos mantêm a mesma formação durante todo o percurso. Nossa opção é deixar cada um tomar a formação que quiser, alternando o MEIO porem mantendo o PONTEIRO e o FERROLHO, salvo segunda ordem.
Algumas pessoas gostam de dar esticadas com a moto, seja para tirar fotos ou simplesmente querer correr um pouco mais, sendo necessário sair da formação do grupo. Isso pode ser feito sem nenhum problema, bastando apenas avisar o PONTEIRO com o devido sinal (ver sinais abaixo).
Do mesmo modo, os que precisarem parar para atender ao telefone, ajeitar algo que está incomodando ou qualquer coisa do gênero, que não necessite de muito tempo, deverá avisar o Ponteiro e o Ferrolho que irá encostar e ficar um pouco para trás, sem necessidade de parar todos. O Ponteiro deverá então diminuir a velocidade de cruzeiro, até que a pessoa que precisou parar o alcance e indique que já está de volta no grupo.
É importante que quem parou avise o Ponteiro que já regressou ao grupo pois sem este informação o Ponteiro irá manter a velocidade baixa e ficará preocupado com a demora do integrante.
Ultrapassagens
Quando o ponteiro precisar mudar de faixa da direita para esquerda para fazer uma ultrapassagem, ele deve ligar a seta e todo o resto do grupo faz o mesmo. Entretanto ninguém muda de faixa até que o ferrolho entre primeiro na esquerda para impedir que algum carro passe e indique que o grupo todo pode mudar de faixa em segurança.
Retorno à faixa da direita
Quando o ferrolho indicar que o grupo precisa ir para a direita para dar passagem, ao ligar a seta para a direita todos devem fazer o mesmo. Idealmente, a penúltima moto deve entrar para a direita assim que o ponteiro der seta também, para impedir que algum carro ultrapasse pela direita. Após todos entraram o ferrolho libera a passagem.
Ultrapassagens em estradas de mão dupla
Nesse caso é praticamente impossível assegurar espaço suficiente para que todo o grupo ultrapasse em bloco. A seqüência deve ser:
• O Ponteiro sinaliza (pisca-pisca) a ultrapassagem e a realiza.
• Após passar o veículo ultrapassado, ele permanece na esquerda, com o pisca esquerdo ligado, enquanto não houver veículo vindo em sentido contrário, de forma a sinalizar aos motociclistas seguintes do grupo que eles podem ultrapassar.
•Quando ele voltar para a direita, as motos que ainda não ultrapassaram devem imediatamente deixar de tentar a ultrapassagem.
•Se possível (experiência e visibilidade) o último motociclista do grupo que já ultrapassou deve se colocar na faixa da esquerda (de forma análoga ao descrito acima para o ponteiro) para indicar ao restante do grupo que pode ultrapassar.
•Se necessário o Ponteiro deve reduzir a velocidade até ter certeza que todo o grupo ultrapassou. Entretanto, essa redução de velocidade não pode ser tal que acabe não deixando espaço à frente do veículo ultrapassado para entrada das motos que vêm de trás.

7. Reunião de preparação (“briefing”)
Apesar do nome pernóstico, é muito importante, principalmente se no grupo houver pelo menos um motociclista que não está acostumado a andar como o grupo.
Nada mais é que uma pequena ‘palestra’ do ponteiro, informando o caminho que será seguido, onde serão as paradas de descanso, reabastecimento ou encontro com outros companheiros e uma descrição rápida das convenções e sinais descritos neste documento.
Nesse momento é muito importante identificar principiantes ou motos lentas para colocá-las na posição correta dentro do grupo e definir a velocidade que será adotada.

8. Sinais

TODOS OS SINAIS SERÃO EFETUADOS COM A MÃO ESQUERDA




Perigo a Frente - Mão espalmada para cima

  

Chuva - Dedo indicador apontado para cima


    

Pare atrás de mim - Dedo indicador apontado para baixo

  

Olhe no seu retrovisor - Dedo polegar apontado para trás: Olhe no seu retrovisor

  

Polícia ou radar à frente - Dedo indicador apontado para cima fazendo círculos (Não use na frente da polícia)

  

Animais na pista - Quatro dedos apontados para baixo

  

Acenda o Farol - Dedo indicador e polegar em forma de circulo

  

Mantenha a fila dupla - Dedo indicador e médio em forma de “V”: (desmontar fila indiana)

  

              Parar para abastecimento - Mão espalmada batendo no tanque


    
Mão espalmada para cima, em movimentos - Aumente a velocidade




Reduza a velocidade - Mão espalmada para baixo em movimentos


    

Vamos parar - Mão fechada para cima



Apontar com o pé esquerdo ou direito para o asfalto
Buraco, óleo ou outro tipo de obstáculo, do lado que foi indicado. Reduza a velocidade e procure desviar (quando possível).
Atenção: deverá ser sinalizado apenas do lado da fila que tem o buraco, para evitar que a moto de trás se confunda.
Se o buraco está na esquerda, todos da fila da esquerda devem sinalizar. Os da direita ignoram, pois podem confundir.
Se o buraco está no meio, as duas filas devem sinalizar. Caso o buraco seja do lado direito, cabe apenas à fila da direita sinalizar.
A mão e o braço esticado sobem e descem sucessivamente:
Perigo, atenção. Reduzir a velocidade.
Mão e braço balançando para TRÁS e para frente, como um remo
O grupo está muito disperso, os mais atrás devem acelerar para se aproximar um pouco mais.
Braço esquerdo apontado para a esquerda
Atenção, reduzir para entrar à esquerda - o piloto deve sinalizar com o braço e acionar o pisca esquerdo em seguida.
Braço esquerdo dobrado sobre o capacete com a mão apontando para a direita
Atenção, reduzir para entrar à direita.
Mão esquerda apontando para cima e realizando círculos no ar
Atenção o grupo deve retornar.
Quando o grupo está parado, também pode significar acionar os motores para a partida.
Mão esquerda apontada para cima e espalmada. Atenção, situação de emergência à frente, exigindo cautela e redução de velocidade imediata.
Com o braço para cima, indicar o “numero 1” com a mão Todos deverão assumir a formação de fila indiana única.
Com o braço para cima, indicar o “número 2” com a mão. Voltar à formação normal.
Com o braço esquerdo, indicar de modo pendular balançando o antebraço para esquerda e direita. Lombada ou depressão à frente. Reduzir velocidade.
Com o braço esquerdo para baixo, fazendo círculos com o dedo indicador
Polícia à frente. Reduzir velocidade / Atenção.
Apontar para o tanque de combustível e em seguida simular uma degola de garganta com a mão esquerda
A moto entrou na reserva de combustível, indicando que aquele piloto necessita parar assim que possível para abastecimento.
Apontar para si mesmo e em seguida simular um revólver com a mão
O motociclista irá se dispersar do grupo, para a frente. Deverá ser sinalizado ao Ponteiro.


9. Outras dicas diversas
Quando o grupo parar para abastecer, parar as motos na bomba a 45º, de frente para a mesma. Com isso ganhamos espaço e tempo, pois conseguiremos abastecer de três a quatro motos sem manobras.

Dicas de Viagem

1. Prepare o seu espírito para uma viagem na qual o que importa é curtir e desfrutar e não consumir. Leve em conta seus interesses pessoais e preparo físico na hora de escolher um roteiro. Seja participativo e solidário. Lembre-se de que todo motociclista é um irmão. Quando houver necessidade, ofereça ajuda.

2. Se você esta indo para algum encontro, ligue para o motoclube anfitrião certificando-se das informações que nos foram passadas, uma vez que não temos como saber de mudanças repentinas no cronograma.

3. Lembre-se de revisar a sua moto. Este procedimento simples, com certeza, evitará possíveis transtornos durante sua viagem. Você deve também conferir todo o equipamento que vestirá, bem como a documentação sua e da moto, para que tudo transcorra na mais perfeita ordem.

4. Ao definir o seu roteiro de viagem, imprima-o para que você possa seguir as dicas do percurso e os locais de abastecimento da sua moto. O mais indicado é que faça abastecimento a cada 150 km, aproveitando para dar uma olhada geral na moto e na bagagem e, na oportunidade, fazer exercícios de alongamento.

5. Leve o mínimo de bagagem possível, roupas leves, sapatos adequados e confortáveis.

6. Respeite as comunidades locais, seus valores, crenças e costumes. Não tenha atitudes que impactem com a tradição local. Como exemplo podemos citar que algumas comunidades indígenas não permitem fotografia.

7. Evite pilotar sozinho e a noite por estradas não conhecidas.

8. Caso leve carona, lembre-se de tocar-lhe de quando em quando para evitar que ele cochile. Existe estatística que mostram índice elevado de acidentes porque o carona dormiu e provocou o desequilíbrio do conjunto.

9. Não informe o seu destino para desconhecidos. Diga sempre o roteiro inverso.

10. Além das ferramentas que acompanham sua motocicleta, procure aempre levar, se possível, os seguintes utensílios:
- Kit de reparo rápido para furos em pneus sem câmara.
- Spray para enchimento emergencial de pneu com câmara.
- Lâmpadas sobressalentes.
- Cabos de embreagem e de acelerador.
- Velas de ignição.

11. Cuidado com as sombras sobre o asfalto, pois podem esconder buracos.

12. Se algum amigo já fez a viagem que você planeja, consulte-o sobre tudo que você deseja saber. Lembre-se de que a humildade atalha caminhos.


No mais, é aproveitar. Boa viagem!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Excelentes dicas para rodar de moto com segurança e conforto

 

Pense que ninguém te vê 
Porque para a maioria dos motoristas, você é invisível, mesmo! Nunca faça um movimento imaginando que o outro motorista está vendo você, mesmo que você tenha acabado de ver seus olhos. Motos muitas vezes não fazem parte das cabeças de quatro rodas.
Seja paciente 
As conseqüências de encarar um erro ou uma disputa no trânsito começam mal e sempre acabam PIOR. Finja que foi a sua mãe que fez aquela barbeiragem e perdoe a falha.
Ponha roupas para encarar um acidente
Com certeza, a padaria do bairro é uma viagem de 5 minutos, mas ninguém está planejando comer asfalto, está? 
Pare totalmente em cada placa de “PARE”
Isso, ponha seu pé no chão. Olhe de novo. Qualquer outra maneira de fazer isso pode forçar uma decisão imediata, sob pressão e sem tempo para identificar uma situação de risco. 
Espere o melhor, mas esteja preparado para o pior 
Esteja pronto para uma fechada, para uma surpresa que nunca deve ser inesperada. Não existe “apareceu de repente”, “veio do nada” ou “eu achei que ele ia… “.
Deixe seu ego em casa
As únicas pessoas realmente interessadas em saber se você estava mais rápido que o outro na avenida são o policial e o Detran. 
Preste atenção no que está fazendo
Tem um ônibus na sua frente parando de repente para um tiozinho que fez sinal em cima da hora. Se ligue!
Espelhos retrovisores mostram só uma parte do ambiente
Nunca mude de direção ou de faixa sem olhar para trás para confirmar que você realmente pode virar ou mudar de faixa.
Seja paciente II
Espere mais um ou dois segundos antes de entrar na pista, começar a andar ou sair para ultrapassar. Você é pego pelo que NÃO VIU! Aquela olhadinha a mais vai salvar sua pele.
Preste atenção na diferença de velocidade
Passar por carros ao dobro de sua velocidade ou mudar de pista para passar por um monte de carros parados é somente um jeito mais rápido de conhecer São Pedro.
Cuidado com a calçada
Um monte de surpresas acaba chegando das calçadas: sacos com objetos dentro, pregos, água, lama, limo, tijolos, etc. Não rode junto à calçada, você está no tráfego.
Carros entrando à esquerda
Esses são os maiores matadores de motociclistas. Nunca imagine que o motorista vai esperar passarem todos os motociclistas antes de se enfiar à esquerda.
Carros passando no vermelho
Os primeiros segundos após o sinal mudar são os mais perigosos. Olhe SEMPRE para os dois lados antes de cruzar o semáforo depois de aberto.
Olhe os retrovisores
Olhe os espelhos retrovisores sempre que mudar de faixa, diminuir a velocidade ou parar. Esteja pronto para se mover se o outro veículo for ocupar o espaço onde você está.
Deixe espaço na frente
No Brasil se anda sempre MUITO colado. A regra geral que se usa pelo mundo é de 3 segundos de distância do veículo da frente. Melhor ainda se você observar tudo que aparecer na sua frente para os próximos 12 segundos (no horizonte). Todos os seus problemas estão aí dentro desses espaços.
Cuidado com os carros equipados
Eles são “rápidos” e seus motoristas são agressivos. Não imagine que você passou por ele e que está tudo resolvido, ele está logo aí atrás.
Entrar em curvas em alta velocidade machuca
É a maior causa de acidentes com motociclistas sozinhos e em estradas sinuosas e pistas de corrida. “Entre devagar, saia rápido” é há muitos anos a regra dos campeões das pistas.
Não acredite na eficiência da polícia florestal
Se na área onde você está podem aparecer animais, não vá pensar que a polícia rodoviária ou florestal vai conseguir tirar cada um deles da sua frente. Vá devagar, olhe para as margens da Estrada e fique vivo.
Use os 2 freios corretamente
Nunca é tarde para você começar a usar os dois freios. O dianteiro faz a maior parte da parada, mas um pouco de traseiro na entrada das curvas pode acalmar uma moto nervosa.
Mantenha SEMPRE um ou 2 dedos sobre o freio dianteiro
Economize um segundo no tempo de reação a 85 km/h e você pode parar 30 metros antes (e talvez até conseguir escapar do impacto). 
Olhe para sua trajetória
Use o milagre da fixação de objetivo em seu próprio benefício. As pesquisas mostram que a moto vai para onde você olha, então olhe para a solução no lugar de olhar para o problema.
Mantenha seus olhos em movimento
O tráfego está sempre mudando. Portanto, continue sempre procurando por problemas. Não trave seus olhos em um só ponto por muito tempo.
Pense antes de agir
Avalie com cuidado a situação quando pensar em ultrapassar rapidinho aquele veículo que está a 15 km/h numa área com limite de 60 km/h.
Não olhe para o chão
Levante sua cabeça, é sempre tarde para fazer qualquer coisa quando o problema está a 10 metros. Olhe lá longe e mude a direção.
Preste atenção em seu caminho
A maioria dos acidentes acontecem durante os primeiros 15 minutos de seu trajeto, abaixo de 60 km/h, em um cruzamento ou via secundária. É, exatamente, ali por onde você passa toda hora.
Nunca entre às cegas num corredor de trânsito parado
Os carros devem estar parados por alguma boa razão, e você pode não vê-la até que seja tarde demais para fazer alguma coisa. Não ande a mais de 30 km/h acima da velocidade dos outros veículos.
Portas de carros que se abrem no tráfego
Você deve estar atento as portas que se abrem e aos carros que desviam delas também, pulando para sua faixa. 
Vício de cruzamentos iguais
Procure placas de “PARE” mesmo depois de uma longa série de esquinas em preferência para você. 
Tenha espaço para se movimentar 
Pilotar dentro de um amontoado grupo de motos é um bom jeito de acabar no meio do mato. Qualquer grupo de motos que valha a pena acompanhar terá um ponto de encontro marcado à frente para reencontrar os “desgarrados”. 
De tempo para seus olhos se acostumarem
Ao sair de lugares muito iluminados, vá devagar e com farol baixo até seus olhos se acostumem com a escuridão. Fechar um dos olhos até também ajuda. 
Domine a meia-volta
Pratique este retorno apertado até ficar bom. Ponha suas nádegas na beirada do banco no lado contrário à curva e deite a moto para dentro da curva, usando seu corpo como contrapeso enquanto gira em cima da roda traseira. É uma excelente manobra para não bater no carro da frente ou para escapar daquele bueiro sem tampa.
Parando no meio de uma subida
Use o freio traseiro para manter a moto no lugar enquanto usa o acelerador e embreagem com atenção para sair sem problemas.
Se parece escorregadio, então é mesmo
Um trecho de chão suspeito pode ser só mais uma mancha. Óleo? Cascalho? Diesel que caiu de um caminhão? Pode não ser nada, mas é melhor diminuir ANTES de pisar num sabãozão. Se não era nada, melhor.
Estouro de pneu, e agora?
Sem movimentos bruscos, se prepare para usar um pouco de músculos para manter a trajetória. Alivie o acelerador e use o freio bem leve na roda boa (traseira ou dianteira) e vá procurando a melhor direção para sair da pista.
Pingos na viseira
Começou a chover. O asfalto apenas umedecido é muito mais escorregadio que depois de uma forte chuva tropical, e você nunca sabe o quanto ele está liso. Use máxima concentração, cuidado e suavidade nos controles.
Emocionado
Observe a você mesmo quando for sair. Se você está nervoso, triste, exausto ou ansioso, sente e conte até 100.
Vista roupas adequadas
Ponha roupas que sirvam bem em você e ao clima. Se você está com muito frio ou com muito calor ou brigando com uma jaqueta onde cabem dois de você, você já está com problemas.
Deixe seu iPod em casa (ao menos quando estiver rodando na cidade)
Você não vai ouvir o caminhão a tempo se estiver ouvindo música.
Na chuva
Pilotar na chuva é uma “arte” que se adquire com tempo, rodando nela. Se aperfeiçoa quando nos concentramos no perigo que representa. No início da chuva o piso fica mais escorregadio do que quando cai um forte temporal e teoricamente “lava” o asfalto. Sempre devemos reduzir a velocidade e nem por um segundo desviar a atenção da rota, procurando sempre desviar locais que possam oferecer maior perigo por estarem alagados ou com volume grande de água escorrendo.
Aprenda a fazer desvios de emergência
Esteja pronto para fazer dois desvios de emergência em seguida. Desvie de um obstáculo pela esquerda e logo em seguida de volta à sua trajetória original à direita, e vice-versa. A moto vai seguir seus olhos, portanto olhe para o caminho e não para os obstáculos. Pratique isso até que seja um reflexo normal, sem pensar.
Seja suave em baixa velocidade
De nada adianta sua enorme agilidade se você estiver devagar. Tire as forças dos movimentos com um trabalho leve nos freios traseiros. Isso minimiza muito indesejáveis transferências de peso e inércia, e facilita alinhar e posicionar a moto exatamente onde e como desejamos.
Piscar luz de freio
As setas dos outros veículos te chamam a atenção porque piscam. Pisadinhas leves no pedal ou toques rápidos no manete do freio dianteiro antes de realmente frear sua moto vai alertar o tráfego atrás.
Cruzamentos são todos perigosos
TODOS os cruzamentos são perigosos. Nos bairros tranqüilos mais ainda. Mesmo na preferencial sempre diminua e imagine que outro veículo que não conhece a região pode cruzar a sua frente. Diminua, assim, pela metade a chance de acidentes.
Ajuste sua visão periférica
Olhe para um ponto bem à sua frente. Agora procure ver as coisas ao seu lado movendo apenas sua atenção, sem mover os olhos. Quanto mais você conseguir ver sem virar os olhos ou a cabeça, mais cedo vai reagir aos problemas.
A noite
Ajuste e limpe seus faróis e viseiras transparentes e tenha uma visão melhor do que uma simples idéia do que está ali na frente. Ao anoitecer, troque viseiras escuras pelas transparentes. Em estradas de mão dupla procure manter-se afastado da divisória das faixas.
Não trafegue perto ou ao lado de caminhões
Se um daqueles pneus estourar, o que acontece com bastante freqüência, ele vai se transformar em vários projéteis de borracha e aço.
Paradas de emergência
Desenvolva uma intimidade muito grande com seu freio dianteiro. Procure um lugar deserto e seguro em asfalto liso e limpo. Faça dezenas de frenagens começando bem suavemente e freando cada vez mais forte até descobrir aquela força na mão ideal entre a frenagem máxima e a roda travada (frenagem máxima = pneus CANTAM ligeiramente, mas a roda NÃO TRAVA). Repita isso com cuidado MUITAS vezes até ficar muito prático. 
Pneus adequados
Nada do que você leu até aqui vai servir a não ser que você tenha os pneus adequados. Não os subestime. Tenha certeza que eles estão bem calibrados o todo tempo. Procure cortes, pregos e outras porcarias que tenham se prendido a eles. Procure sinais de ressecamento e desgaste. Troque logo que puder, os pneus são a essência da dirigibilidade. E não use pneus de marcas diferentes ou novo com usado na dianteira e na traseira, isso muda completamente a estabilidade da moto. 
Respire fundo conte até 10 ou até 100
Desculpe e peça desculpas, dê passagem e vá com cuidado, apreciando o passeio. Deixar de andar a 150 km/h e demorar para chegar é muito melhor que arruinar sua vida e ir para uma cadeira de rodas ou um caixão.
Fonte: Textos compilados e enviados pelo motociclista integrante do Conselho Consultivo do Rock Riders, José Otávio Macedo de Araújo (Gugu) - 67 anos - otavio@globalplayer.com.br

segunda-feira, 17 de maio de 2010

7º Encontro Nacional de Motociclistas de Ubá/Mg


Evento sera coberto pelo site Mototur
Período:18 a 20 junho de 2010
Descrição:Área de camping, área coberta para o evento (Galpão), café da manhã 0800, Shows,Expositores diversos, Praça de Alimentação, Serviço de Segurança, Haverá TELÃO para assistir aos jogos da COPA DO MUNDO 2010, inclusive para os jogos de domingo.
Local:Horto Florestal - Trevo de Juiz de Fora
Cidade:UBA
Estado:MG
Contato:BEDEU
Telefone:032 - 8406 2087
E-mail:bedeu@bmtpecas.com.br
Organização:Ubá Moto Clube (Apoio Prefeitura Municipal de Ubá), MC e MG de Ubá
Observações:Já é tradicional o Encontro de Ubá, com presença de Motoclubes de vários estados. A receptividade conhecida do povo mineiro e de Ubá, em especial,
que merecidamente é conhecida por Cidade Carinho
www.motouba.com.br
 
 

domingo, 4 de abril de 2010

Um Pouco de Cultura Motociclistica...... História do Moto Clubismo

A história do motociclismo de estrada esta diretamente associada à história
dos moto-clubes. A seguir faremos um breve relato dos principais fatos que
colaboraram para a edificação deste estilo tão cultuado.

Data de 1868 a construção da primeira motocicleta, apesar do crescimento do interesse sobre esta máquina fantástica estar cercando a virada do século XX.
Desde os primórdios, ela já despertava o instinto de liberdade naqueles poucos
que ousavam desafiá-la. Não demorou muito para que esses primeiros motociclistas percebessem as vantagens de viajar em grupo - apesar de que andar de moto já é inevitavelmente um ato solitário -. Já na primeira década do século XX se organizavam corridas de motos, o que aumentaria consideravelmente o interesse a admiração por este novo meio de transporte e conseqüentemente a criação de clubes que nada mais eram que entidades sociais de indivíduos que andavam de moto juntos. Neste período nasce o Moto Clube do Brasil primeira associação motociclística brasileira nos moldes de uma associação, cuja sede ainda hoje resiste no Rio de Janeiro.

Estas associações persistiram até a década de trinta quando apareciam nos EUA
os primeiros moto-clubes com tendências mais rígidas. Nesta época eram produzidas mais de 200 marcas de motocicletas, mas o mercado consolidou apenas três: Harley Davidson, Indian e Excelsior, que juntas respondiam por 90% das vendas. Nesta década a grande depressão devastou a indústria e apenas a Harley Davidson conseguiu sobreviver, apesar de a Indian ter se mantido até 53 e retornado na década de 90.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, muitos membros das forças armadas
americanas foram desmobilizados e não conseguiram se readaptar vida da sociedade "normal" - deixando de lado aqui, o princípio da normalidade-. Era deprimente para eles, a rotina de trabalho, família, hipotecas, faculdades e etc. Acostumados com a adrenalina depois de tanto tempo vivendo no limite e ao mesmo tempo querendo desfrutar ao máximo a liberdade e o próprio fato de estarem vivos de volta ao seu país. Aos poucos foram se reunindo e encontraram na motocicleta o meio para Satisfazer seu estilo de vida ideal. As motocicletas estavam baratas, vendidas como excesso de material nos leilões militares. Logo esses indivíduos passaram a Compartilhar os fins de semana, mas aos poucos quando chegava à segunda-feira, nem todos iam para casa, transformando o clube de motocicletas do fim de semana em uma família de irmãos substitutos em tempo integral.
Principalmente na Califórnia os veteranos formaram centenas de pequenos moto clubes como: Pissed of Bastards, Jackrabbits, 13 Rebels e os Yellow Jackets. Os membros usavam suéteres do clube e rodavam juntos nos fins de semana. Lentamente formalizaram os escudos, as cores, que passaram a defender com sua honra, adaptando a hierarquia militar em uma estrutura de irmandade, subliminada sob os cargos eletivos das associações. Alguns clubes pre-existentes se readaptaram facilmente a esta nova filosofia, outros simplesmente desapareceram, o que não aconteceria no Brasil, os clubes Brasileiros não se adaptaram, continuando como associações ou se extinguindo.
A A.M.A. (American Motorcycle Association) logo percebeu que a guerra havia exposto muitos americanos as motocicletas e que os veteranos voltaram com experiências fantásticas em cima das Harley Davidson WA45, experiências estas,
que eles fariam tudo para continuar vivenciando. Ansiosa em manter estes novos motociclistas, a A.M.A. passou a organizar competições, viagens e gincanas com um entusiasmo renovado. Entretanto a guerra não é o exercício mais saudável para a mente de quem combate no front e estes novos motociclistas farreavam muito mais que os motociclistas tradicionais. Sua rotina se resumia quase sempre a festas, disputas, bebedeiras e como era inevitável, algumas brigas. Talvez buscando retomar o tempo perdido. A população tolerava esses excessos porque os motociclistas tinham a seu favor o fato de terem defendido seu país na guerra, apesar de tudo isso estar sendo financiado pelas pensões do governo, o que posteriormente pesaria contra os veteranos, quando saindo da depressão a América tentava otimizar seus custos com o apelo do apoio da população.

Foi em Hollister (CA) que o mito da marginalidade se concretizou,um fim de semana negro era o que faltava ao puritanismo americano e a mídia sensacionalista para taxar os motociclistas de foras da lei e os moto-clubes de gangues. Neste período a polícia e os comerciantes criaram uma serie de alternativas nos locais onde eram realizados os encontros para contornar esta aclamada rebeldia, como fechar duas horas mais cedo e até deixar de servir cerveja. Os jornais estampavam manchetes sensacionalistas como "Revoltas... motociclistas assumem Cidade" e "Motociclistas destroem Hollister". Até a Revista Life estampou uma fotografia de página inteira de um motociclista em uma Harley, com uma cerveja em cada mão, a A.M.A. se viu então diante de um pesadelo, denunciou os Bastards, culpando-os pelos incidentes e tentando
mostrar a sociedade que todos os motociclistas não poderiam ser culpados pelo
vandalismo de um único Moto clube.

Com o passar do tempo, ficou cada vez mais difícil separar os mitos da realidade. Quando Hollywood dramatizou o fim de semana de Hollister no filme de 1954 O Selvagem "The Wild One" com Marlom Brando, qualquer esperança de salvar a imagem dos motociclistas estava perdida. Os críticos pareciam incapazes de passar a idéia de que era puramente um filme sobre violência. Na realidade, há muito pouca violência pública em O Selvagem se comparado a muitos filmes de guerra da mesma época. O que parece ter perturbado os críticos era o fato de que a violência das jaquetas de couro estava de mãos dadas com a sexualidade contra a autoridade do puritanismo e dos ternos folgados.

Nós poderíamos não estar lendo este artigo agora se uma única cidade naquele momento concordasse em permitir a A.M.A. promover novamente um encontro de motociclistas, o que só aconteceu cinco meses após os acontecimentos de Hollister. Mas ao contrário do que os puritanos e a policia esperavam, tudo aconteceu em paz e os comerciantes locais abriram suas portas para receber os motociclistas. Mas a mídia sensacionalista e principalmente a revista Best ainda insistiam em mostrar os motociclistas como bêbados ou na pior das hipóteses sociopatas.
O que Hollywood conseguiu foi incentivar verdadeiros predadores a criarem moto clubes e constituir verdadeiras gangues, o que féz da década de 50, uma página negra na história do motociclismo. Nasce nesta época também a rivalidade entre alguns clubes e o senso de território.
As motos eram em sua grande maioria Harley's e passaram a ser despojadas de tudo que não fosse essencial - velocímetro, lanternas, espelhos e banco de carona - com isso ficavam mais leves e ágeis nas disputas. Esse estilo de moto ficou conhecido como Bobber, que mais tarde deu origem as chopper, que eram motos modificadas para viagens - com frente alongada, banco com encosto e santo Antonio -.
A moto passou a ter grande importância como sendo um complemento da personalidade de seu dono, e como modificações eram sempre feitas pelos próprios motociclistas, não havia assim duas motos iguais.A década de 50 também ficou marcada como a década de expansão dos MC's Americanos para outros paises.

A década de 60 foi fantástica para o movimento motociclistico. As motocicletas voltaram a ser tema de Holywood, Elvis Presley com Roustabout e Steve McQueen com A Grande Fuga, alavancaram uma série de filmes sobre o tema que chegou ao seu auge com Easy Riders. Finalmente vislumbra-se uma mudança imagem do motociclista com o início da fase romântica do motociclismo, que perdurou até o final da década de 70. Este período fixou o motociclística como ícone de liberdade e resistência para o sistema. Nesta década, mas precisamente em 1969, nasce no Rio de Janeiro, o primeiro moto clube Brasileiro que seguia a nova estrutura de hierarquia e irmandade dos Moto-clubes internacionais.
Nesta década o estilo "motociclistico" assumiu uma nova imagem e vitalidade dentro do aspecto de ampliação de estilos de vida contemporâneos. Estes movimentos revitalizaram a reputação do motociclista e foram responsáveis por atrair motociclistas cujo único desejo era projetar a imagem de diversão saudável, contribuição à comunidade e a liberdade inerentes a experiência das Harley Davidson. Neste período, no Brasil, O Vigilante Rodoviário – Série produzida pela TV Tupi entre 61 e 62 - alimentava a imaginação aventureira de jovens e adultos. A década de setenta viu a disseminação dos moto-clubes pelo mundo, alguns se mantiveram fieis às antigas o Harley e outros se adaptaram a outras motos já que nesta década as motos japonesas começaram a dominar o mercado mundial. No Brasil, a instalação de montadoras japonesas e a lei que limitava a importação de motos, tornaram homens como Myster - falecido em 2002 - e os poucos moto clubes existentes, verdadeiros heróis da resistência.
Brasil este que após lançar uma associação motociclística em conformidade com os padrões do inicio do século, padeceu sob um retardo de quase 60 anos na história do motociclismo de estrada mundial.
A partir do final da década de sessenta iniciou-se o movimento de moto-clubes dentro destas novas normas de conduta e irmandade. Os sessenta anos de atraso, foram diluídos nas décadas de 70 e 80. Vivenciamos então a fase romântica de encontros onde o único prazer era viajar para estar com os amigos ao pé de uma fogueira falando sobre motos viagens e sabe-se o que mais.....
Apesar de tudo, passamos também pelas outras fases, que culminaram com a popularização do estilo no Brasil a partir de 1996, quando inúmeros moto clubes passaram a ser criados. Neste período, outra série de filmes como: A sombra de um disfarce e A vingança do justiceiro, insistiam em denegrir a imagem do motociclista. Muitos fatores levaram a esta popularização: O crescente aparecimento de moto-clubes - na mídia especializada ou não - desfazia aquela aura de mistério e medo, com a liberação da importação, as fábricas japonesas pagando royalties a Harley para copiar seu desenho, a equiparação do dólar ao Real, a abertura de lojas da Harley no Brasil, os políticos visando um colégio eleitoral leal e abandonado e as prefeituras locais buscando ampliar o turismo em suas cidades.
Comercialmente falando, sangue sugas passaram a criar milhares de eventos por ano - que mais parecem festas juninas do que um encontro motociclistico, com o único intuito de ganhar dinheiro no rastro da popularidade. Isto fez com que a maioria dos moto clubes autênticos, raramente sejam vistos em eventos, passando a organizar cada vez mais viagens exclusivas.
Apesar de tudo, o espírito motociclistico ainda sobrevive no pensamento e na atitude daqueles que compreendem e respeitam seus valores e sua essência. Este relato tem o único intuito de concatenar a história do motociclismo de estrada.

domingo, 14 de março de 2010

Reflexão: Motoqueiro ou Motociclista? Tem Diferenças ou Não?Seria Discriminação

Se você tem habito de se locomover em uma motocicleta, te convidamos para uma pequena, porém, importante reflexão:

Você se comporta no transito como um Motoqueiro ou Motociclista?

O que vale mais?

Sua Vida ou a filosofia utópica de intelectuais que não vêem a realidade tal qual acontece no palco, onde a ação se desenrola.

Se você não sabe a resposta, vamos tentar ajudar.

São dois conceitos distintos, e a grande diferença entre os dois esta relacionada com a atitude, o comportamento na condução da moto, em qualquer situação. Nós, que fazemos parte de uma comunidade organizada, fazemos questão de sermos chamados de MOTOCICLISTA por uma simples questão: NÓS RESPEITAMOS AS LEIS. Além das leis de trânsito, respeitamos também as leis da vida e os direitos das pessoas. Sendo assim, dificilmente estaremos envolvidos em acidentes com motoristas de outros veículos ou pedestres. Se você respeita, certamente também será respeitado. Para ser considerado um MOTOCICLISTA de verdade, não é necessário fazer parte de um Moto Clube ou ter uma motocicleta bonita e potente. Basta apenas ter uma atitude consciente no trânsito e respeitar as Leis.

Segurança no trânsito é uma questão de atitude!

Perguntas e Respostas

1) A Motocicleta é um veiculo perigoso?

R. A Motocicleta em si não é um veiculo perigoso. Perigosa é a forma como algumas pessoas conduzem à motocicleta. Por ser um veiculo de proporções reduzidas é de difícil visualização pelos motoristas e pedestre. Sendo assim, deve ser conduzida com habilidade, atenção redobrada e em velocidade compatível com o local. Nestas condições pode ser tão seguro como qualquer outro veiculo.

2) Por que estão acontecendo tantos acidentes com motos?

R. Um dos fatores é o crescente numero de motocicletas circulando, principalmente por ser um veículo barato e de fácil aquisição. Outro fator é a inexperiência das pessoas, que geralmente não se preparam devidamente antes de começar a conduzir uma motocicleta, e também ao grande número de jovens que se aventuram, sem ter exata noção de que pior pode acontecer a qualquer momento. Mas, certamente, o principal fator é a forma indevida na condução da moto e o desrespeito às Leis.

3) É possível evitar estes acidentes?

R. Sim, Principalmente através de campanhas de conscientização, como esta que as comunidades estão realizando na Região Sudeste. Quando os condutores de motocicletas se conscientizarem de que o seu veiculo pode se transformar em uma arma mortal se for conduzida de forma indevida, certamente os acidentes irão diminuir consideravelmente.

4) Então só depende dos condutores das motos?

R. Obviamente que não. É preciso estender a campanha aos condutores de outros veículos e aos pedestres, para que eles também mudam o comportamento no trânsito. É preciso que todos se respeitem. Se incentivarmos os condutores de motocicletas a respeitarem, certamente eles também serão respeitados. Não podemos continuar parados esperando chegar o respeito dos outros enquanto mortes vão acontecendo a todo instante. Estamos, então, conclamando os condutores de motos a respeitarem sempre, em qualquer lugar e em qualquer situação.

5)Qual o perfil dos acidentados?
R. Geralmente são jovens entre 16 e 24 anos. Muito menos presentes estão os indivíduos entre 35 a 50 anos. A maior parte dos acidentados é do sexo masculino, estando o sexo feminino claramente pouco representado. A maioria dos acidentados já esteve envolvida em outro acidente ou já tinha histórico de multas.92% dos acidentados não freqüentaram o treino especial e aprenderam a ( pilotar )com familiares ou amigos.Mais da metade dos acidentados não tinha completado 5 meses de habilitação , mas já andavam de moto há mais de três anos.Quase metade dos acidentes fatais envolviam consumo de álcool por parte do motociclista.Os condutores de outros veículos envolvidos em acidentes com motos são na sua maioria da faixa etária entre 20 e 29 anos ou com mais de 65 anos.Na sua maioria não estão muito familiarizados com motos.

6) O que é necessário para que haja respeito aos condutores de motos?

R. È necessário que eles mereçam o respeito, ou seja, que eles se comportem como verdadeiros motociclistas, respeitando as Leis de Transito, respeitando os pedestres, respeitando as limitações de sua motocicleta, respeitando suas próprias limitações e respeitando a vida.

Dicas Importantes

A motocicleta é um veiculo versátil, econômico, fácil de estacionar, dribla os “engarrafamentos”, etc. Mas tem duas coisas que ele não pode fazer por você:

Ensiná-lo a pilotar com segurança e fazer a própria manutenção! Portanto, é preciso ficar atento a estas importantes dicas:

Cuide do seu amigo de duas rodas que ele cuidará de você;
Use sempre o capacete;
Use sempre equipamentos de proteção, como luvas, botas e calças resistentes;
Leia com atenção o manual do Proprietário;
Use sempre lubrificante de qualidade;
Use sempre roupas claras e resistentes;
Mantenha o farol aceso durante o dia e a noite
Antecipe todas as situações de risco
Redobre a atenção ao se aproximar de um cruzamento
Respeite a sinalização
Mantenha sempre uma distancia segura dos demais veículos
Lembre-se garupa deve usar todos os equipamentos
Em situação de chuva, neblina e areia diminuam a velocidade.
Faça a manutenção regularmente em sua motocicleta
Se beber não pilote, se pilotar não beba.
Seja um motociclista de Verdade!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sobre duas rodas – Born to be wild

Capacete, jaqueta e botas pretas de couro, bandana de caveira, tatuagens e o vento sobre o rosto ao som do ronco do motor… Para muitos, andar de moto é um simples meio de desviar do trânsito, porém, para outros muitos, é um modo de vida atraente pelo companheirismo, pela independência e, principalmente, pela liberdade.



Os motociclistas constituem um grupo de pessoas que tem em comum desde o modo de se vestirem até o tipo de atividade que gostam de realizar. É exatamente por isso que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, diversos clubes de motociclistas foram criados. Alguns tinham a finalidade de reunir pessoas em busca da adrenalina de correr pelas estradas. Já outros grupos, principalmente os desenvolvidos nos anos 60, tinham o caráter de resistência ao sistema, chegando a fazer parte do movimento de contra-cultura da época. Estes últimos inspiraram uma série de filmes, dos quais Easy Rider é considerado o mais importante.

Hoje em dia, os motoclubes são entidades hierarquizadas, nas quais todos os membros tem obrigações definidas. Apesar de terem regras rígidas, a bandeira que se sobressai é a da liberdade. A irmandade também é muito valorizada e considerada essencial. Em geral, a comunidade organiza longas viagens em grupo , nas quais os momentos mais importantes são os trajetos de ida e volta. Além disso, nos motoclubes há discussões sobre os símbolos do motoclubismo e sobre a função destes na sociedade.
.”
Muitos motociclistas, porém, não participam dessas organizações porque consideram que nelas o espaço para a liberdade é inexistente. Eles questionam como num lugar pautado por regras e compromissos, a liberdade pode ser o tema central. O que tais motociclistas desejam é independência: querem em um dia ser o alto executivo de terno e gravata no escritório e poderem – como bem lhes convir -, no outro dia, subir em suas motos para percorrer as estradas do país.



Para os motociclistas, a independência também está em escapar do trânsito das grandes cidades. A possibilidade de, por meio dos corredores de carros, fugir do congestionamento e chegar ao destino mais rapidamente, confere a sensação de independência e, algumas vezes, de “superioridade perante os demais”, como diz o motociclista Sérgio Monteiro.





A águia é um dos símbolos mais presentes no universo dos motociclistas. Eles se identificam com a ave primeiramente em razão do vôo quase sempre solitário desta, que se relaciona com andar na maioria das vezes só sobre as motos. Além disso, estes indivíduos sobre duas rodas lembram que, durante uma tempestade, a águia nunca se esconde, continua voando do mesmo modo, assim como eles permanecem na estrada apesar da chuva.

Outro símbolo central para os motociclistas é o da caveira que representa a vida eterna – o que nunca perecerá. É provável que a importância conferida a esse símbolo seja devida aos riscos contínuos que qualquer motociclista sofre, pois um mínimo erro pode ser fatal. A caveira, então, simboliza o quão fundamental é a reflexão sobre a efemeridade da vida para o motociclista

Sérgio Monteiro tem hoje 51 anos, e anda de moto desde os 12. Ele diz que numa estrada o motociclista é inteiramente dependente de sua moto, pois se ela falha, não se sabe o que pode acontecer. Segundo ele, é por causa disso que todo motociclista cuida muito de sua moto e que acaba desenvolvendo afetividade por ela. Mais que isso, Sérgio afirma que sobre duas rodas, a sensação é de que se pode tudo, a sensação é de liberdade. A importância da moto para Sérgio é visível na tatuagem de um homem andando de moto em seu braço: “Eu fiz essa tatuagem porque a moto faz parte do que eu sou